O primeiro tipo de memória que atua em nós é a intrauterina. Desde o instante da concepção, a experiência no útero molda o cérebro e estabelece o tipo de personalidade, temperamento e capacidade de pensar do indivíduo, conforme nos ensinam Thomas Verny e Bruce Lipton em "Biologia da Crença".

Tudo o que você vivencia dentro do útero cria uma predisposição que pode influenciar tendências e padrões ao longo de toda a sua vida. As experiências intrauterinas, como as emoções e o ambiente que a mãe vivencia durante a gestação, são internalizadas pelo bebê, moldando aspectos do desenvolvimento emocional, mental e espiritual. Essas vivências formam as primeiras impressões, que frequentemente se refletem em padrões comportamentais e emocionais repetidos ao longo da vida. 

A terapia intrauterina é uma abordagem que se propõe a acessar memórias emocionais e energéticas formadas durante a gestação, com o objetivo de curar traumas e padrões negativos que influenciam a vida do indivíduo, busca investigar e curar as marcas deixadas pelas primeiras vivências do ser humano, especialmente aquelas ocorridas durante a gestação. Traumas gestacionais, partos difíceis ou experiências de estresse vividas pela mãe podem ser internalizados pelo bebê e, mais tarde, manifestar-se como desafios emocionais ou questões de saúde física. Essa terapia age como uma ferramenta de liberação e ressignificação dessas memórias, promovendo uma jornada de cura e leveza.

Os principais benefícios incluem:

• Cura de traumas profundos: Ao acessar memórias intrauterinas, é possível curar traumas relacionados à gestação, ao parto ou às primeiras fases de vida, dissolvendo padrões emocionais disfuncionais.

• Melhoria nas relações familiares: Especialmente com a mãe, uma vez que o vínculo formado durante a gestação é um dos mais profundos e primários que o ser humano experimenta.

• Resolução de sintomas físicos e emocionais: Ansiedade, dores inexplicáveis e dificuldades respiratórias, por exemplo, podem ter raízes nesses traumas primordiais, e a terapia atua liberando essas somatizações.

• Expansão do autoconhecimento: Acessar essas memórias permite que a pessoa compreenda as raízes de seus padrões comportamentais e emocionais, promovendo uma transformação interna significativa.

Essa abordagem oferece uma oportunidade de reconexão com a própria essência, gerando equilíbrio, saúde e bem-estar em todas as áreas da vida.

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Compartilho minha experiência: durante o meu processo de autoconhecimento, consegui acessar não só os meus traumas, mas também os da minha filha. Quando descobri que estava grávida, apesar de ter sido uma gravidez planejada, senti um choque inesperado e entrei em conflito. Naquele momento, não consegui entender o porquê, apenas reagi. Minha filha, ainda no ventre, sentiu esse impacto emocional e experimentou a sensação de rejeição, desenvolvendo o medo de ser abandonada — o que explicava seu apego excessivo após o nascimento.

Ao acessar essa memória, chorei profundamente, pois me dei conta de que essa era a mesma sensação que eu havia vivido enquanto feto. Minha mãe também havia se assustado ao descobrir sua gravidez inesperada, ela havia amarrado as trompas para não ter mais filhos, e essa memória ficou registrada nas minhas células. De forma inconsciente, eu acabei repetindo esse padrão com minha filha. Esse reconhecimento foi um passo crucial para a cura e para fortalecer nossa conexão, agora mais empática e amorosa.

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